El llanto:
Naquele 25 de julho o Brasil chegou à final com um time considerado série B, sem as principais estrelas, contra uma Argentina cheia de Tevez, Riquelme, Sorin, que vinha voando baixo em toda a competição. O jogo da final foi duro, mas a Argentina dominava, tinha mais chances, era mais criativa com os passes de primeira do imarcável Juan Román Riquelme. 45 e 30 do primeiro tempo 1x0 Argentina, falta na entrada da área, bola levantada, Luizão de cabeça. O juiz apitou logo após o gol de empate e aquele último minuto durou pelo menos 15 para os argentinos até todo mundo voltar pro segundo tempo.
La copa:
O jogo seguiu tenso com a Argentina melhor, aos 42 imprimiu-se o 2x1 no placar. O Brasil atônito em campo e o Tevez perde a bola na lateral batendo bolinha na frente de um brasileiro. Mas parecia não fazer diferença, os argentinos já comemoravam 47 e 30 do segundo tempo. O locutor argentino dizia: “Se acabó, Argentina esta a un par de minutos de recuperar la copa América”. O Galvão Bueno dizia: “O Brasil não levou o time principal, o técnico tentou salvar o cargo, e perde num jogo por dois a um...” Mas aí o Diego levantou aquela bola na área e o Galvão berrou “... pode até empatar, capricha Adriano”. E o Adriano caprichou, deu uma puxadinha de esquerda e bateu seco no canto esquerdo do Abondanzieri. Saiu louco tirando a camisa em brasa rodopiando pelos ares. O locutor argentino só conseguiu concluir “Me quiero matar, Adriano y vamos a penales”.
Los campeones:
O resto é história. Aqueles últimos minutos reverberam até hoje em todas as Américas, a taça veio pro Brasil e o silêncio dos argentinos a cada pênalti perdido nós escutamos até hoje. Naranjo en flor x O Sol nascerá! O nosso sol é a camisa amarela inteira em brasa Brasil, tropicalismos transcendentais de sóis sangrentos! Nunca me esquecerei da cara de desespero do cabeludo Sorín com aquela camisa de listras verticais que são como lágrimas azuis que rolam, e da felicidade no sorriso do ainda garoto, imperador sem trono, Adriano. Todos os matemáticos erraram, 2 minutos são eternos, o todo é sempre maior que a soma de todas as partes!
Narração do Galvão:
Narração argentina:
Naranjo en flor:
O sol nascerá: (Ah! Sorín! Eu pretendo levar...)