21 de jun. de 2007

em obras

uma televisão dadaísta.
um porco afogado em mescalina,
e eu roldana no tempo banheira da imensidão
e eu alarme de poeira
verdade flutuante
anjo do mundo.

ampulheta de vazio,
bosque escandalizado,
vestido luzido entupido todo de jornal,
mecânicos playgrounds,
os relógios não me matam,
rainhas cruéis não me fazem chorar.

um tigre ruge em caos-nenhum,
réguas de ritmo,
dicionários de brinquedo,
ilha de monstros galáxias nos olhos.

câmera na floresta de vertigens em que o poeta se perde e se salva.
o silêncio de rimbaud.

sento com um cata-vento na mão
telefones de ruína.
o rádio me desligou por dentro.
inúteis carnavais.
van gogh procurou outro amarelo quando a tarde caiu.
o semáforo marcou azul.

7A.

Um comentário:

Anônimo disse...

os olhos vitrine refletem a rua calçada