Olá Ana! Li seu livro novo com prazer. Prazer, espanto, dor, emoção, agridoce, saúde, aromas... e tantos outros sentimentos que nos desperta a poesia. A primeira coisa que queria comentar é o título, vi as opções que você me enviou: "Caramelos de Saudade" e "A ponto de partir" (que é um verso antigo seu) e o longo título "Olho por muito tempo o corpo de um poema até perder de vista o que não seja corpo", que se não me engano é verso de um outro poema do Cenas de Abril. E que é o que eu mais gosto porque é menos ingênuo que o primeiro, menos mórbido que o segundo (eu que já sei o seu futuro) e ainda me lembra o play the piano drunk like a percusion instrument until the fingers begin to bleed a bit, do Bukowski. Interessante buscar na sua própria obra versos antigos que possam ser títulos novos. Escolher um título é como “ancorar um navio no espaço”. A minha Macondo é o espaço como eu já te disse numa tarde dessas ali entre aquelas árvores da PUC. Mas sua poesia é mais carne, mais terra. Mais a potência física desta materialidade poética que nos é tão imaterial. E por falar em materialidade gostei da série Poesia Caminhando que fecha o livro. Esses poemas longos, de fôlego largo. Como se lidos mesmo no correr de um caminho, de uma estrada de asfalto cortando o deserto! Talvez mais férteis do que asfalto... sim muito mais férteis e fecundos! Mas gostei desse seu desafio de escrever coisas mais longas que dançam entre a prosa poética e o verso livre (livremente controlado pela sua sensibilidade poética, algo mais que a pulsação sangüínea). Acho esse o ponto alto do livro.
Tenho lembrado muito de você por causa do Kerouac. Estou lendo Os Subterrâneos e ouvindo muito aquele disco The Jazz of The Beat Generation! Quem me passou foi o Mariano. Você que leu tanto Kerouac e até dialogou com ele naquele Na outra noite no meio-fio, Dr. Sax e tal. Por falar no Mariano lembrei do Augusto e de uma visita que fizemos a casa do Armando onde lembramos muito de você. Estavam lá também a Bruna (que você conhece muito bem!) e a Alice Sant´Anna uma poeta que você tem que conhecer! Ela toca até numa banda chamada Os Subterrâneos, não sei se é por causa do Kerouac. Mas podia ser. E por falar em tudo isso pensei que o prefácio do seu livro poderia ser esse mail que te envio. Assim como fez o próprio Augusto com o mail do Zé Celso na orelha do livro dele. Pense e me responda quando quiser e puder. Aguardo ansioso!!!
Heidrun, Paulo Brito, Helô e meu tio Afonso mandam beijos. Manda um beijo pro Cacaso! Ah! Encontrei com o Tite no jockey outro dia! Perdemos um dinheiro quadrifetamente delicioso numa tarde divertida!
Muitas Saudades!
7D.
Tenho lembrado muito de você por causa do Kerouac. Estou lendo Os Subterrâneos e ouvindo muito aquele disco The Jazz of The Beat Generation! Quem me passou foi o Mariano. Você que leu tanto Kerouac e até dialogou com ele naquele Na outra noite no meio-fio, Dr. Sax e tal. Por falar no Mariano lembrei do Augusto e de uma visita que fizemos a casa do Armando onde lembramos muito de você. Estavam lá também a Bruna (que você conhece muito bem!) e a Alice Sant´Anna uma poeta que você tem que conhecer! Ela toca até numa banda chamada Os Subterrâneos, não sei se é por causa do Kerouac. Mas podia ser. E por falar em tudo isso pensei que o prefácio do seu livro poderia ser esse mail que te envio. Assim como fez o próprio Augusto com o mail do Zé Celso na orelha do livro dele. Pense e me responda quando quiser e puder. Aguardo ansioso!!!
Heidrun, Paulo Brito, Helô e meu tio Afonso mandam beijos. Manda um beijo pro Cacaso! Ah! Encontrei com o Tite no jockey outro dia! Perdemos um dinheiro quadrifetamente delicioso numa tarde divertida!
Muitas Saudades!
7D.
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