Estava eu comendo meu cheeseburger de cimento quando chegou João Cabral sufocado em seu parangolé balbuciando Anti-Char.
- ´´A mixagem alta não salva, se eu cair a poeira da lua vai me cobrir`` me gritavam os Beach Boys.
- Só os sem mira e sem pontaria respeitam Shakespeare e até dormindo eu sou mais inteligente do que o Doutor Armando Nogueira`` me respondia Nelson ululando.
Naves matemáticas cravadas dentro dos ossos me vociferavam que os deuses pop adoram uma dilaceraçãozinha tipo Britney sem cabelo, ou as navalhas que as veredas amarelas trazem gerando elétricas cidades líricas pra caralho.
Paro e penso Zé Celso eternamente em cartaz como um carnaval ou uma missa.
Sento descanso em cima do Pão do Empire de Açúcar State Banespa Tower e espero pelo meu poema ilimitado.
Vejo o transe dos políticos, reparo na delicadeza de um índio. Respiro chuvas cenográficas, ilhas se desdobram no presente do presente das Noites Americanas.
Os labirintos dos mapas de xadrez me levam longe, longe. Sei muito bem que não existe mais o real sem o símbolo. Não entendeu (pergunta) É a roda do pé do homem bailando nas pedras sem origem nem fim. É uma rolante escada nas hóstias de alucinação. É o espetáculo Nike estilhaçando em suas mãos.
O maestro Alfred Brendel recebe santo no Lincon Center e rege a orquestra de anônimos. Enquanto isso Flora lê e pratica as técnicas de George Bataille. Amores acéfalos no Central Park West. Tudo que não for câmera.
Sozinho numa multidão de sozinhos (pergunta) Claro que não! Eu poderia até ser preso por não chorar no enterro da minha mãe, mas não, não, não. Zé Celso me telefona.......Augusto, vamos todos do lirismo ao delirismo, do lirismo ao delirismo. Prédios em forma de peixe, edifícios em forma de olho.
Cansado das musas de plástico (pergunta) Um açougue de promoções acaba de anunciar a democratização de cicuta. E os arrastões daqui de cima passam belíssimos nas passarelas de medo da tela da TV.
Mudo de canal para o multiculturalismo da MTV. E o rapper cafetão detona um hip hop revanchista de cicuta. Os yuppies dançam e dançam e dançam nos cafetalismos do corpo alheio. Penso que quem dera o Public Enemy ainda estivesse aqui.......ou então......Michael recitando Black and White. Rhytms poetrys nos tecidos de pólen, e não essas galáxias de tédio dos Nixons pintados com ouro no pescoço, mulheres de dilaceração nos carros turbinados por Marinetti.
Queria indivíduos além raças, além crenças. Cotidianos poetizados de iluminações até que a dança fale por si mesma, somente a dança, somente a dança, somente a dança. A reta curva dos vasos comunicantes das curvas dos encontros. A dança sagrada de todos os dias.
Respiro chuvas cenográficas, ilhas se desdobram no presente do presente das Noites Americanas.E que esse FLA-FLU amalgamado na final do Super Bowl seja um pouco mais do que um balé de vento e dribles de anjos. Cósmico e nosso na grande Mátria Amor América.
2 comentários:
7A.. adoro os collagens! Ainda mais esse do velinho engraçado.. keep the good work e salve o Boca!! ;)
carolina obrigado pelos elogios.....quanto ao boca prefiro nao responder.
abraços
7A
Postar um comentário