7 de abr. de 2009

FLA-FLU (por 7A)









Testemunhar um FLA-FLU é estar encantado e imantado de verbo, técnica, magia e tabu. É ter fome de galáxia; tudo ao mesmo tempo. No palco sagrado do trágico é impossível se separar magia de religião. Os alquimistas da grama rolam o diamante no verde das estruturas, anjos raros detonam a pedra filosofal nos pés. No sacrifício da bola o gol afasta os maus espíritos, os dados se esfacelam. Mas que não se enganem os inocentes: qualquer outro jogo é cinzento se comparado a essa guerra entre preto, vermelho, verde e grená. No FLA-FLU nada pode ser impessoal, os supermercados afetivos de lucro fecham suas portas. Multidões são inventadas na destruição suntuosa dos bens que cada drible incendeia. Cada drible arde no instante seguinte, presentes são lacrados e pegam fogo no suor suntuoso dos gregos. O FLA-FLU é o ópio dos deuses.

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