No intervalo da final da copa de 1998, quando Zidane já havia feito dois gols contra o Brasil, resolvi sei lá porque motivo abandonar o lugar onde estava assistindo a partida e saí pela rua até encontrar a casa de um amigo para assistir o tristíssimo segundo tempo daquele certame traumático. Durante a caminhada de mais ou menos 1km só havia eu nas ruas. Nenhuma pessoa, nenhum carro, nem cachorro. Era o barulho dos meus passos e da voz do Galvão Bueno vindo das janelas dos apartamentos cariocas. O silêncio que se fazia nas ruas melancólicas do Rio de Janeiro daquela tarde do dia 12de julho de 1998 era preenchido pelo barulho do Stade de France a milhares de quilômetros de distância. Mesmo na ausência, no silêncio da alegria, no silêncio cageano, a torcida brasileira era grandiloqüente.
7M
14 de jun. de 2010
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Um comentário:
É também na derrota épica que o futebol se faz grandiloquente! A grandiloquência das pequenas coisas.
Partiu o pombo sem asa!!!
7D
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