14 de mai. de 2007

poeira

caminhamos sem fé no sol, nós e nossas antenas, nada mais.
queremos sempre ultrapassar a cal cósmica dos pedreiros.
tento nos achar perder, flutuamos na nossa nave de ogum, procuramos os amores mais banais.
vemos a cidade mudando, O azul mais violento nos fere nesse céu sem nuvens, nossos anjos alienados estão mais inconvenientes do que nunca. quem somos nós nessa maquete? Nem tentamos entender......................nossos olhos estão rasos, (um pouco de inocência salvaria o dia), sereias nos perseguem, poderíamos passar dias e dias trancafiados, poderíamos até nos atirar pelo ar-condicionado. você já tentou atravessar um túnel a pé?
nosso táxi oxossi desliza longe, nós não entendo nada, nos enamoramos por uma estrela banguela, psicodélicas montanhas, ouvidos cheios de formiga, belezas perigosas, as motos nos interessam, perdi o tempo, caímos no chafariz. Olhos são vidraças, nenhum ônibus passa por lá.
ganesh de estrelas.
(um pouco de inocência salvaria o dia).
queremos um poema leve como uma nuvem no meio-fio.
(um pouco de inocência poderia salvar o dia)
a última coca-cola do deserto é nossa.

7A.

Nenhum comentário: