12 de jun. de 2007

tigres de caos-nenhum

o amarelo de Matisse, os amantes viram estátuas nas inchações de seu ventre.
pães de pedra, a ilha só existe na alma, uma orquestra com suas tripas de lua.
eunucos de gelatina, o grande set ao vivo da cidade, um meta-índio.
(fico com os tecelãos do rap, os desertos de sangue e seus safaris)
por onde passa o anjo mecânico deixa seu rastro.
maquinarias de poeira, a grande sombra: todos os prédios deveriam se chamar Lautreamont.
dançando flores atômicas nas esquinas elétricas, o rei beckettiano
de mecânicas pernas e coração de lata.
(ninguém nunca escreveu um poema em uma casca de ovo)
teu celular caiu na minha xícara de chá. abuse da sua alma de espelho.
fazer uma pegação com Kaváficis. teu orientalismo é pura publicity.
Chacal vestido de sheik em um plainante picadeiro macro-pop.
Propagandas de antologias taoístas não devem encorajar o consumo excessivo, nem menosprezar a importância da alienação saudável.
(o solilóquio vital, a experiência como o fracasso que deu certo.)
PEÇA PARA MAMÃE COMPRAR A SUA SPARTA KANTIANA.
noitetechnicolor, noitetechinocolor,
cansado de enriquecer a merda dos floristas.
7A.

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