Elas na selva: o shopping da caça comunitária xamanista. Tudo é por acaso, chorar levitações. O Deus-Rinoceronte do Lautréamont ou o Rinoceronte de Ionesco? O certo é que uma mulher se queima na sala do diretor, é descoberta em Madri uma creche de prostituição de inválidos chamada ´´Prosperidade``. Por onde passa o Sr. Trágico deixa sua marca.
Cerimônias sangrantes, uma comunhão de sombras, o primeiro êxtase é decisivo. Ser sufocado em rede nacional, polaróides da noite. Pedras de trovão caem do céu, de neurótico a poeta o Sr. Trágico suporta mulheres carcarejando ás 3 horas da madrugada, o Sr.Trágico conhece e repudia as vítimas dessa opressão cômica chama céu subterrâneo, ou mais erroneamente Rua dos Girassóis.
Deglutindo tudo. Não senhores, não tem champagne. Um brinde ao veneno. Vamos fotógrafos, não percam tempo. Às 00:40 o poeta beijou o livro. Esqueçam os fotógrafos, acaba de amanhecer na esquina desdentada.
A dança extática do Sr. Tragédia, os abutres (esses pássaros míticos), a proteção das trevas banais, uma tela coagulada, um safári pela PSICODÉLPHIA. De repente, de roupa nova na praia do abismo.
A norma da solidão, os três tipos de dominação legítima, o deus do momento nos intervalos religiosos. O macaco encantado: É garantido que as revelações serão possíveis em qualquer meio de esquina. Sr. Trágico: Profissão? Abandono. R.G? Deplorável. Vício ou religião? Colher cactos em todas escadas rolantes.
O Mestre do Desastre sabe que o amor é a grande neurose pós-moderna, o macaco nu. E agora já até apagaram nossos nomes de todos os muros, e agora o canibalismo já é até permitido entre os pobres, e agora essas repugnantes parafernálias.
Vermelha cidade que cheira a esgoto, bueiro da alma. Blindagem. Se eu fosse uma mulherzinha até acreditaria em todo esse pastiche racional. Entenderia a noite como uma máquina solar.......
Hoje é aniversário da máquina. O Sr. Desastre se cansa de ser um pássaro assustado e garante que o próximo abate será lindo. Se quiserem falar com ele sue telefone é tudo que esse corpo áspero enxerga, tudo que o cansaço quiser nessa arena de melodrama, tudo que der certo em tua perfeição desastrada, tudo que teu gancho encantado permitir. Sr. Tragédia: Profissão? Abandono. R.G? Deplorável. Vício ou religião? Atravessar todos os túneis da cidade a pé.
Retomando aos carros: Seres ultra-sensoriais que nos perseguem e matam. Algo está para acontecer no reino do tigre, de deserto já estamos fartos. Sairá o sol? Os pés andam sozinhos, já viu aquele guindaste que te puxa para cima? Nesse eu iria fácil!
Como é bonito procurar por girassóis em todos os bueiros da rua, mas na Rua dos Girassóis as motos correm e o Sr. Mágico cala. Na Rua dos Girassóis o coração não acompanha os elevadores, na Rua dos Girassóis qualquer tipo de som é mera consolação, as flores são calculadas, as ruínas explodem na metade da tua cara, na Rua dos Girassóis as camisas engolem os passantes, na Rua das Ilusões há uma boca gigantesca no centro da praça, em qualquer direção se ouve o grito de uma criança lançada ao céu, na Rua dos Girassóis o mesmo corpo que enguiça é o mesmo corpo que desaba no teto desse cemitério de naves. Sr. Trágico: Profissão? Abandono. R.G? Deplorável. Vício ou religião? Brindar veneno na champagne do teu mapa.
As escritas do amanhã nos ladrilhos do agora poderia ser aqui uma cidade qualquer; telefones ainda assim uivariam, fliperamas ainda gesticulariam pela tua mão que enxerga. Corpo elétrico, braço de fusível banhado no sol, satélite azul, o sentimentalismo barato de todos os orelhões.
Senhor Desastre você tomou a bala errada. E agora? Senhor Desespero você tomou oito ácidos em uma noite só. E agora? Senhor Poeira você tentou deglutir o universo. E agora? Senhor Tragédia teus dinossauros alienantes estão mais chatos do que nunca. Senhor Diogo Cruz você calculou que podia voar. E agora?
Talvez essa seja a hora de comer o teu sofá bem cru quase mal passado, talvez a barbárie una os orelhões com tua carcaça e aí sim a gravidade emocione o corpo. Na tela de escuro o asfalto é assim: O Trágico se encha de rodas e vida, o caos não lata mais. Que toda noite seja girassol, que toda máquina solar seja uma rua no girassol da tua noite, que todo beijo seja dodecafônico, que toda guerrilha seja um xadrez científico no teu mapa, que todos os túneis sejam atravessáveis no sorriso do Galã Desastre, que toda Rua seja do Girassol. Aos quatro uivos da tarde o Senhor Diogo Cruz finalmente chega em ´´casa``.
15 de ago. de 2007
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