PARA HAROLDO DE CAMPOS E MAMAE MENINHA DE NEW HAMPSHIRE: Nesse texto estou pensando em como os Concretos influenciaram mais a Tropicália, como em Bat Macumba e no disco que Caetano Veloso fez com poemas de Augusto de Campos musicados, do que a Tropicália influenciou e amalgamou os Concretos. E se essa relação fosse ao contrário? É isso que tento trabalhar no texto, uma leitura tropicalista dos concretistas. Cito Edgar Allan Poe aqui no início para discorrer sobre um livro do Antonin Artaud chamado ´´A nostalgia do Mais``. Não seria a própria Tropicália uma ´´Nostalgia do Mais`` contra a ´´poesia menos`` dos concretistas ? Essa é só uma provocação feita aqui. Quanto a explicar algumas siglas é bom lembrar que Brigit Bardot Lanches se refere ao nome bonito da sigla B.B. Lanches, casa de sucos do Leblon aberta 24 horas em que todos Os Sete Novos vêm se reunindo já faz cinco anos, e onde temos nossas conversas insones mais insipientes. O que seria do AMORAMÉRICA se não fosse a Brigit Bardot ?
Falo sobre ´´as bíblias de banheiro`` como alegoria para uma hóstia que vi certa vez sendo vendida em supermercado, embalada e plastificada, assim Jean Baudrillard descreve em seu livro America um velório drive-trhu em que os parentes do morto podem cremá-lo sem praticamente ter que sair de seus respectivos carros; isso sim é que é um velório pós-moderno!Penso assim nas imagens ácidas em que Os Irmãos Metralha recepcionam os turistas na Disney em vez do rato decadente e imundo Mickey. A partir daí começo a me utilizar da letra de ´´Para Mano Caetano`` escrita por Lobão em resposta a ´´Rockin Raul``, em que Caetano insinua que Raul Seixas seria imperialista. Me utilizo de algumas frases de Lobão como ´´Soy loco por ti Hollywood``, e do próprio Caetano como ´´a lua é aqui no chão`` de Zera a Reza, ´´lixo baiano`` de Fora da Ordem para me opor a essa visão alienada de Raul. Falo dos yuppies da Vila Kennedy perto de Bangu, em frente a Avenida Brasil, que são muito mais interessantes do que os yuppies de Wall Street, já que a vila brasileira fica realmente localizada na intersecção entre as ruas com nomes poéticos Jardim do Éden e Praça Miami.
Cito o poema ´´A tampa`` de Baudelaire em que ele comete o sacrilégio ao comparar o céu como uma tampa de marmita, já que nesse texto tento desenvolver o mesmo elogio ácido e amoroso da modernidade presente na obra dele. Amo e critico a Tropicália (que só durou dois anos diga de passagem), assim como Lobão termina seu sermão de ´´Para Mano Caetano`` com um sonoro te amo, e Caetano por sua vez diz ODEIO na música ´´Odeio você``, como se o ódio fosse a parte mais despudorada de amor. Eu não odeio a Tropicália, mas possuo esse embate amoroso. Bom, o resto eu deixo para Roberto Carlos e Samuel Beckett fazerem cair qualquer barreira do impossível. Sempre tive a obsessão em pensar um ´´Esperando Godot`` encenado por Sylvester Stalonne como Pozzo e Arnold Schawzneger como Lucky. Fico imaginando se tal peça seria possível, já que no site oficial de Stalonne está escrito que na Escola de Arte Dramáticas de Miami Sylvester chegou a fazer Beckett, achei isso um milagre. Qual a influência de Samuel no grande monstro Rambo a se criar? E se Augusto e Haroldo de Campos dançasse em um terreiro junto com Mamãe Meninha, como fizeram os escritores modernistas na Casa de Tia Siata em descrição presente no Macunaíma de Mário.
MIAMI: Esse é uma prosa poética amorosa sobre Miami, cidade sonhada. Como seria se Jorge Mautner fosse a celebridade mais famosa da cidade, ao invés de Bono Vox? Se Sylvester Stallone é formado pela Faculdade de Artes Cênicas de Miami, fico pensando nela, somente nela, somente nela, como se possível fosse estar lá eternamente como em um carnaval ou em um desfile em celebração à existência da Flórida.
PHILADELPHIA: Depois de Miami acho importante ressaltar Philadelphia, principalmente o presente em filme homônimo contracenado por Tom Hanks e Denzel Washington. É o melhor filme que trata a questão da AIDS e é lindo o clipe em que Bruce Springsteen caminha sobre ruas chuvosas. Estive em Filadélfia e Miami quando criança, mas infelizmente não conheci seu aspecto mágico. Devo ao cinema isso e muitas coisas mais. No final da canção Bruce recita ´´aint no angel gonna greet me``, é isso aí; nenhum anjo vai nos parabenizar por nada. Deixemos os anjos para Wim Wenders. Na América os anjos são reais, estão no submundo até e nos dão bom-dia.
Falo sobre ´´as bíblias de banheiro`` como alegoria para uma hóstia que vi certa vez sendo vendida em supermercado, embalada e plastificada, assim Jean Baudrillard descreve em seu livro America um velório drive-trhu em que os parentes do morto podem cremá-lo sem praticamente ter que sair de seus respectivos carros; isso sim é que é um velório pós-moderno!Penso assim nas imagens ácidas em que Os Irmãos Metralha recepcionam os turistas na Disney em vez do rato decadente e imundo Mickey. A partir daí começo a me utilizar da letra de ´´Para Mano Caetano`` escrita por Lobão em resposta a ´´Rockin Raul``, em que Caetano insinua que Raul Seixas seria imperialista. Me utilizo de algumas frases de Lobão como ´´Soy loco por ti Hollywood``, e do próprio Caetano como ´´a lua é aqui no chão`` de Zera a Reza, ´´lixo baiano`` de Fora da Ordem para me opor a essa visão alienada de Raul. Falo dos yuppies da Vila Kennedy perto de Bangu, em frente a Avenida Brasil, que são muito mais interessantes do que os yuppies de Wall Street, já que a vila brasileira fica realmente localizada na intersecção entre as ruas com nomes poéticos Jardim do Éden e Praça Miami.
Cito o poema ´´A tampa`` de Baudelaire em que ele comete o sacrilégio ao comparar o céu como uma tampa de marmita, já que nesse texto tento desenvolver o mesmo elogio ácido e amoroso da modernidade presente na obra dele. Amo e critico a Tropicália (que só durou dois anos diga de passagem), assim como Lobão termina seu sermão de ´´Para Mano Caetano`` com um sonoro te amo, e Caetano por sua vez diz ODEIO na música ´´Odeio você``, como se o ódio fosse a parte mais despudorada de amor. Eu não odeio a Tropicália, mas possuo esse embate amoroso. Bom, o resto eu deixo para Roberto Carlos e Samuel Beckett fazerem cair qualquer barreira do impossível. Sempre tive a obsessão em pensar um ´´Esperando Godot`` encenado por Sylvester Stalonne como Pozzo e Arnold Schawzneger como Lucky. Fico imaginando se tal peça seria possível, já que no site oficial de Stalonne está escrito que na Escola de Arte Dramáticas de Miami Sylvester chegou a fazer Beckett, achei isso um milagre. Qual a influência de Samuel no grande monstro Rambo a se criar? E se Augusto e Haroldo de Campos dançasse em um terreiro junto com Mamãe Meninha, como fizeram os escritores modernistas na Casa de Tia Siata em descrição presente no Macunaíma de Mário.
MIAMI: Esse é uma prosa poética amorosa sobre Miami, cidade sonhada. Como seria se Jorge Mautner fosse a celebridade mais famosa da cidade, ao invés de Bono Vox? Se Sylvester Stallone é formado pela Faculdade de Artes Cênicas de Miami, fico pensando nela, somente nela, somente nela, como se possível fosse estar lá eternamente como em um carnaval ou em um desfile em celebração à existência da Flórida.
PHILADELPHIA: Depois de Miami acho importante ressaltar Philadelphia, principalmente o presente em filme homônimo contracenado por Tom Hanks e Denzel Washington. É o melhor filme que trata a questão da AIDS e é lindo o clipe em que Bruce Springsteen caminha sobre ruas chuvosas. Estive em Filadélfia e Miami quando criança, mas infelizmente não conheci seu aspecto mágico. Devo ao cinema isso e muitas coisas mais. No final da canção Bruce recita ´´aint no angel gonna greet me``, é isso aí; nenhum anjo vai nos parabenizar por nada. Deixemos os anjos para Wim Wenders. Na América os anjos são reais, estão no submundo até e nos dão bom-dia.
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