21 de fev. de 2009

rio carnaval 2009 (os trogloditas batem palmas) por 7A










E de nada adianta tentar transformar as cinzas em diamantes. Não, não há poesia nos músculos. Há poesia no elevador, no beija-flor, mas não, também não há nenhuma poesia nos românticos de meia-tijela. Para se subir até o inferno é preciso pagar. Enquanto as academias proliferam pela cidade, as belezas que importam vão minguando, os músculos mostram as fraquezas e com sonhos gregos nas cabeças dos estômagos os marcianos exibem suas fraquezas pelas praias do caos. Bíceps e tríceps engolem os espelhos. Não, nenhuma poesia nos músculos retalhados em tatuagens a beira do sol e mulheres destoantes amantes dos socos de seus trogloditas do amor. Não existe poesia na vida social dos fracos com músculos pulando das veias em sonoros carnavais, serpentinas e anfetaminas dizem mais do que se pode imaginar. As cinzas do que sobrou do Rio nunca serão diamantes. Nada sobrou do milagre. Quero entrar para a academia brasileira dos músculos.

2 comentários:

Gabis disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Gabis disse...

A fortaleza de fora é o medo de se expor frágil e verdadeiro no final da contas...

Gostei muito do texto!

Beijos